Sintonizar-se com Jeri, viver a experiência. Já percebeu que quem vem aqui sempre acaba voltando ou parece não querer saber de outra coisa depois que vai embora? O segredo está na atmosfera, nas sensações causadas… coisas difíceis de traduzir em imagens e que as fotos que são tiradas daqui, mesmo tão lindas, não conseguem nos fazer sentir.

A Vila de Jericoacoara, com suas ruas de areia e seus “becos” (como são chamadas as pequenas ruas transversais às principais), é um convite para colocar um chinelo no pé e respirar fundo. Aqui o tempo passa devagar e com calma, nada de caos. Os dias são longos de uma maneira boa, tornando possível vivenciar a tranquilidade de uma caminhada no serrote pela manhã e o agito de um bar à beira mar no final de tarde. Venha sem pressa, pois além dos passeios para as lagoas, mangue seco e afins, há muito o que se conhecer dentro da própria vila.

De cima do serrote, onde fica o farol, a vista é mágica. Com suas características de restinga, o morro (que fica verde e florido em época de chuvas), parece nem pertencer ao mesmo lugar que o mar de dunas e coqueiros que pode se ver do lado oposto, formando um lindo e curioso contraste. A caminhada para subir é tranquila, e logo se percebe que a pedra furada nem é tão longe assim para ir andando – ela fica logo embaixo do morro do serrote, se banhando no mar e rodeada por outras pedras, o que dá um ar de tesouro guardado. Vale ressaltar também que os cactos, que fazem parte da vegetação do local, contribuem para um visual ainda mais distinto.

E é nesse mar de contrastes que voltamos ao assunto inicial. As imagens não te farão sentir o ventinho no rosto, a paz que dá no coração, o encanto causado no olhar por uma vista panorâmica da vila… Jeri te pede para vir de coração aberto e abraçar as sensações. Jeri não é só um lugar, é também um estado de espírito.

Manuella de Gregório @manuelladegregorio